Xinto_Umbanda

Sincretismo Umbanda, Xintoísmo





1 - XINTOISMO SINCRETISMO 


O Xintoísmo é a religião natural do Japão que tem forte ligação com a Umbanda. Embora ambas tenham surgido em períodos e locais muito diferentes, tanto o Xinto quanto a Umbanda são religiões que descrevem forças da natureza e divindades.

Além disso, tanto o Brasil, onde nasceu a Umbanda, quanto o Japão, têm papeis importantes no equilíbrio das forças que regem a vida no planeta.

O Japão, inclusive, como Pai Benedito de Aruanda revela, não é apenas um arquipélago, como se pensa hoje.

Suas ilhas são sinais visíveis de um antiquíssimo continente que submergiu na época de Atlântida e Lemúria.


Amaterasu
O Xintoísmo em especial tem uma forma peculiar de descrever a origem do Japão, processo que culmina com o nascimento da Deusa Amaterasu, que teria dado então início à linhagem dos imperadores japoneses.


Embora a visão xintoísta seja muito próxima da realidade, é preciso fazer algumas pequenas adequações para que a estrutura desenhada pela religião original do Japão possa ser mais bem compreendida.

É preciso esclarecer que a teogonia Xinto não diz respeito apenas à criação do Japão e de toda sua estrutura sagrada, mas sim descreve as divindades envolvidas no processo de desenvolvimento do planeta Terra e da vida humana.

A teogonia Xinto inicia, como a maioria das religiões, a partir do Caos, do qual surgiram Takamanohara (Céu), Ashihara (Terra) e Yomi (Subterrâneo), representando a manifestação do princípio criador, as forças Yin e Yang, a polarização criadora, a dualidade.


Deve-se ressaltar, porém, que a fase do Caos está dividida em quatro partes.

Tem-se o princípio, que é Deus (1); a manifestação de suas virtudes através de divindades (2); a manifestação dos filhos, que podem ser criaturas atrasadas no tempo (3) que compõem a raça humana; e aquelas que estão adiantadas no tempo, ou os anjos (4).

2 - CINCO DIVINDADES SEPARADAS


Em seguida, o Xintoísmo descreve o surgimento das 5 Divindades Separadas, também chamadas de Kami Celestiais.

Na verdade, os xintoístas fazem referência aos Regentes dos cinco braços da Via Láctea, onde está o planeta Terra.

Na imagem a direita nós temos uma idéia aproximada, de como estão dispostas as estrelas e seus respectivos sistemas solares, nessa nuvem planetária que é a nossa constelação.
Diagrama de posições das 5 Regências


Via Láctea - Visão artística















Embora a ciência reconheça que são quatro braços, Pai Benedito diz que são cinco.


Estes regentes são assim denominados pela religião ancestral japonesa: 

  1. Amenominakanushi (Senhor do Nobre Centro Celestial).
  2. Takamimusubi (Grande Gerador do Deus Prodigioso).
  3. Kamimusubi (Divino Gerador do Deus Prodigioso).
  4. Umashiashikabihikoji (O Mais Velho Soberano do Cálamo).
  5. Amenotokatachi (O Eternamente Deitado no Céu).

Das 5 Divindades Separadas nascem as 7 gerações divinas, sendo duas completas e cinco casais.

E é nesse ponto que é possível iniciar o sincretismo entre a visão Xintoísta e a Umbandista.

3 - SINCRETISMO ENTRE A VISÃO XINTOÍSTA E A UMBANDA


A Umbanda cultua os Orixás, que não são divindades, já que a Umbanda não é uma religião politeísta e nem o Xintoísmo o é.

Orixás são forças divinas ou virtudes de Deus, cujos nomes foram dados pelos africanos em sua interpretação das forças que regem a vida, o Universo. 



Do termo Orixá temos “ori”, que significa cabeça, e “xá”, que quer dizer Pai, para os iorubanos. 



A Umbanda considera sete os Orixás principais, como Oxalá, Oxóssi, Xangô, Ogum, Iemanjá, Oxum e Iansã. Porém, há muitos outros que serão citados neste texto. 



Os Orixás representam as vibrações exercidas sobre as criaturas do Universo, dando a elas a força necessária para buscar o progresso. Essas forças são identificadas como fé, conhecimento, amor, justiça entre outras.



Porém, neste sincretismo serão citadas as características dos Orixás quanto à criação do Universo e não suas vibrações específicas as quais exercem sobre as criaturas.


4 - SETE DIVINDADES


  1. Toyokumonu - Oxalá (universal - completo)
  2. Kuninotokotachi - Oxóssi (universal - completo)
  3. Uhijini - Omulú (cósmico masculino)  -  Suhijini - Nana Buruque (cósmico - feminino)
  4. Tsunuguhi - Ogum (universal)  -  Ikuguhi - Yansã (cósmico - feminino)
  5. Ohotonoji - Xangô (universal) - Ohotonobe - Egunitá (cósmico - feminino
  6. Ayakashikone - Oxum (universal)
  7. Omodaru - Oxumarê (cósmico - masculino)


1 - Entre as 7 divindades xintoístas, uma das consideradas completas, Toyokumonu (Senhor da Integração Exuberante) é sincretizado com o Orixá Oxalá por três razões:


 É o mais sábio orixá do panteão africano (o mais velho); é o que possui todas as virtudes de Deus; e é o que governa.



2 - A outra divindade completa xintoísta é Kuninotokotachi (Eternamente Deitado sobre a Terra), representado na Umbanda como o Orixá Oxóssi.

São três os motivos para o sincretismo:

Oxóssi é aquele que tem o domínio sobre a terra; ele representa a vida na Terra, o elemento sustentador, a vida propriamente dita nos reinos mineral, vegetal e animal; e rege as criaturas chamadas de Elementais e Elementares, que controlam a vida no plano invisível nos mais diferentes aspectos. 

Em seguida às duas divindades completas, há os cinco pares compostos por uma divindade masculina e outra feminina, numa clara referência aos Orixás, que também atuam em par. Por exemplo:

Oxalá vibra continuamente a fé a todos os seres.

Mas se as criaturas fazem mau uso desta força, como é o caso da fé disvirtuada, que se torna fanatismo, entra em ação a Orixá Logunam, para trazer a criatura novamente ao seu equilíbrio.

Quanto aos cinco pares de Divindades Xintoístas e Orixás correspondentes, são eles: 

3 - Uhijini (Senhor da Lama Da Terra) sincretizado com Omulú, que representa o amadurecimento espiritual.

3a - Seu par feminino, Suhijini (Senhora da Lama da Terra), é Nana Buruque (cósmico - feminino), cuja lama representa o amadurecimento intelectual através das sucessivas experiências reencarnatórias.

4 - Tsunuguhi (Embrião que Integra) no caso é sincretizado com Ogum, o Senhor dos caminhos.

Ogum pode abrir ou fechar os caminhos, permitir ou impedir a passagem da criatura, fazendo com que o destino de cada um se cumpra.

4a - Ao lado de Tsunuguhi está Ikuguhi (A Que Integra a Vida), ou Yansã (cósmico), no sentido das leis disciplinadoras e corretivas dentro das forças da natureza. 

Por exemplo: o surgimento dos grandes fenômenos naturais, como terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, que afetam a vida de um grande grupo de pessoas, as quais, segundo a Justiça divina, são merecedoras conforme os seus atos passados.

5 - Ohotonoji (O Mais Velho da Grande Morada) é claramente Xangô (cósmico), o orixá da Justiça divina.

5a - A divindade masculina é balanceada pelo aspecto feminino Ohotonobe (A Mais Velha da Grande Morada), que é Egunitá (cósmico - feminino), semelhante a Iansã, representando a aplicação da Justiça cármica. Exemplo:  Um grupo de espíritos cumpre suas dívidas cármicas por algo feito em vidas passadas.

6 - Omodaru (Aspecto Perfeito) é Oxumarê (cósmico), aquele que carrega todas as virtudes da dualidade, ou da continuidade.

7 - E a divindade feminina Ayakashikone (Majestosa) é sincretizada com Oxum, orixá do Amor incondicional.

5 - IZANAMI E IZANAGI

Finalmente se tem o casal Izanagi (Varão que Atrai), que é o Orixá Exú, e Izanami (Mulher que Atrai), sendo sincretizada com Obá (cósmico - feminino), orixá que esgota os sentimentos desvirtuados.

Izanagi e Izanami são divindades que, segundo o Xintoísmo, teriam criado o arquipélago japonês. Porém, na Terra, antes da existência de vida, foram criados os elos com as divindades. Para entender isso, é preciso explicar sobre a distribuição dos continentes no globo.

No mundo como se conhece hoje existem cinco continentes: americano, europeu, africano, asiático e Oceania.

Mas no “Mapa Astral” da Terra existem 8 continentes e o mais curioso é que o Japão não fica no continente asiático.

 A distribuição dos continentes pode ser descrita em um retângulo (ver figura).

Antes de prosseguir, cabem algumas explicações.

Atlântida é um continente que existiu no oceano Atlântico e não afundou devido a um cataclismo.

Na verdade, o continente da Atlântida foi submerso por volta de 9.500 e 9.000 anos a.C. para permanecer intocável, assim como ocorreu com outros continentes, como Lemúria e Japão.

Lemúria é mencionada por Edgard Armond, no livro “Exilados de Capela”, como uma porção de terra existente cobrindo toda a região hoje ocupada pelo Oceano Índico, descendo até a Austrália e Polinésia.

A maior parte do continente Japão submergiu na mesma época de Atlântida, restando alguns picos que hoje formam o território japonês.

O continente do Japão e de Atlântida foram construídos por Izanami e Izanagi, que é como se vê no mapa astral do planeta Terra.

No plano físico, as terras tal qual se conhece hoje, têm sua contraparte astral. Mas a sua existência no mapa astral é perfeita e completa, ficando alguns pontos ocultos no plano físico.

Pode-se dizer que o povo que habitou estes três continentes não era composto por espíritos reencarnados na Terra.

Eram seres das diversas comunidades das estrelas que vieram numa base de 3.000 em cada continente.

Eles vieram em missão a pedido de Jesus Cristo – organizados pelos regentes dos cinco braços da galáxia Via Láctea (Grande Fraternidade Branca) - com o objetivo de organizar a migração dos espíritos no planeta, algo que estava próximo de acontecer.

Os habitantes de Atlântida, Lemúria e Japão chegaram em suas naves trazendo instrumentos muito além da compreensão humana para traçar os pontos de ligação do plano físico com o astral, os eixos das fraternidades do espaço, no caso do Círculo e do Triângulo.

São estes materiais que estão guardados nas profundezas dos oceanos, que não podem ser acessados por ninguém, sem a permissão do Alto.

A vinda destes seres do espaço se deu antes da chegada dos dragões, que poderiam fazer mau uso dos equipamentos e da tecnologia deixada na Terra.

Os habitantes de tais continentes passaram do plano físico para o espiritual, integrando então as fraternidades do Círculo e do Triângulo. Dos continentes citados, sobrou apenas essa parte do continente Japão, composto por quatro ilhas principais, hoje um país que integra, na visão humana, o continente asiático e no qual os dragões têm grande interesse em interferir.

Pai Benedito ensina que o retângulo (representado acima) é a forma que indica a perfeição absoluta e que na geometria sagrada tudo está dentro dele.

Ou seja, a sustentação vibratória do planeta é mantida segundo esse diagrama proposto, onde podemos vusualizar os pontos em que as energias emanadas do astral são captadas  (antena astral) e distribuídas no planeta.

O entendimento das 10 divindades que surgiram após Izanami e Izanagi depende da compreensão deste retângulo.

As divindades são as seguintes: divindade da Atmosfera, do Vento, das Águas, dos Pântanos, do Outono, das Árvores, das Montanhas, do Barco de Cânfora, do Alimento e do Fogo.

Em cada ponto de convergência dos eixos do retângulo há um regente, totalizando nove pontos.

O décimo ponto é o continente da Lemúria.

Os três continentes principais deste mapa astral são Atlântida, Lemúria e Japão.

Logo que estas grandes porções de terram submergiram, os habitantes de Atlântida, Lemúria e Japão passaram a atuar no plano espiritual nas Fraternidades do Espaço.

6 - TRINDADE 

As 4 fraternidades do espaço, da Cruz, do Triângulo, do Círculo e de Aruanda, estão subordinadas às 10 regências de pontos localizados no Mapa Astral da Terra, com pontos correspondentes no meio físico (ver gráfico), que estão subordinadas às 5 regências da galáxia (há lugares não visíveis, submersos.

1º Japão, 2º Atlântida, 3º Lemúria, trindade que permanece ainda hoje recebendo as forças sustentadoras da vida no planeta).

Para entender melhor essa trindade, segue a ilustração da chamada “Antena Astral”, responsável por alimentar energeticamente a vida no planeta.


As informações existentes neste blog são de origem mediúnica. Elas têm sido transmitidas pelo espírito de Pai Benedito de Aruanda, que é o mentor do trabalho de Umbanda do Templo Espírita Cristão no Japão e diretor da Fraternidade Aruanda, uma das quatro que cuidam dos rumos da humanidade na Terra. Pai Benedito transmite as informações ao médium Luis Carlos Okabayashi, dirigente do Templo Espírita Cristão, o qual escreve os textos junto com o jornalista Antônio Carlos Bordin, também membro do Templo. Vale ressaltar que Pai Benedito não dita todas as informações, mas aquilo que é essencial, deixando, obviamente, o trabalho de pesquisa, análise e discernimento aos envolvidos na tarefa de divulgar tais conhecimentos. Por isso, pedimos sinceras desculpas se alguma informação contida nestes textos vai contra aquelas difundidas ao longo dos anos pela ciência, pelas denominações religiosas, grupos filosóficos e esotéricos ou qualquer outra fonte que também busque a verdade. Não queremos com este trabalho, em hipótese alguma, contestar o conhecimento defendido pelas mais diferentes linhas de pensamento. Nosso objetivo, muito pelo contrário, visa difundir os fundamentos da religião que praticamos e a qual buscamos sincretizar no Japão, que é a Umbanda. Nessa tarefa, o processo do sincretismo tem envolvido não apenas a religião Xintoísta, original do Japão como fonte de informação, mas também o Budismo, o Catolicismo, além de conhecimentos difundidos pelo Hinduísmo, por meio dos Vedas, informações bíblicas.....

Pai Benedito nos ensinou que diante de um novo conhecimento, a tendência da criatura humana é o ceticismo, o que é perfeitamente natural. Mas nos alertou que existem dois tipos de céticos. Um deles não aceita os novos conhecimentos de início, até que se sinta convencido e encontre os fundamentos para isso. Outro tipo de cético é aquele que rejeita a novidade sem ao menos se dar ao trabalho de analisar as informações. É do livre arbítrio de cada um escolher que tipo de cético será diante das revelações feitas por Pai Benedito. Desejamos a todos uma boa leitura.

Pai Benedito de Aruanda (Sanat Kumara) - biografia


Nenhum comentário:

Postar um comentário