quarta-feira, 2 de outubro de 2030

Quem Somos


“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade.”
Allan Kardec



Nossa casa comemora 31 anos de atividades aqui no Japão. E desejamos parabenizar a todos os grupos de amigos e plantonistas que nos auxiliaram chegar até aqui. Muito obrigado a todos, pelos esforços e todas as lutas com muito Amor, Compreensão e Dedicação. Deus nos ampare nessa caminhada com muita luz e paz em nossos corações.
日本での“私たちの家”の31周年を祝います。ここまで来るのを助けてくれた友人やメンバー、すべてのグループを祝福したいと思います。
皆さまのご理解と協力、すべての健闘への愛のこもった献身的な尽力に感謝いたします。 神様が私たちの心に多くの光と平和を与え、私たちの歩く道を支えてくれますように。

O TEC-J (Templo Espírita Cristão do Japão), antigo NEC-J (Núcleo Espírita Cristão do Japão), realiza, semanalmente, cursos e palestras com base no Evangelho Segundo o Espíritismo, Estudo da Mediunidade e Tratamentos Espirituais promovendo um trabalho de aprimoramento moral e intelectual para aqueles que participam.
TEC-J (テンプロ エスピリタ クリスタオン ド ジャポン),  NEC-J (ヌクレオ エスピリタ クリスタオン ド ジャポン)は、毎週、「スピリティズムによる福音」をベースに講演や学習会、霊媒性の学習会と心霊治療を行い、道徳的、知性的完成のための活動を行っている。

Desenvolve ampla atividade doutrinária distribuída em dois grupos a saber:
二つのグループに分かれ、競技に基づく活動を広く行う

1 - Falange dos Médicos do Astral, (chefiada por Dr. Romano)
1 天界の医師団(団長 ドクター・ホマーノ)

Atua em cinco áreas:
5つの分野において活動

1 - Área de Assistência Espiritual (tratamentos):  Passes e Fluidoterapia, Orientação e Esclarecimentos, Tratamentos Espirituais (Doutrinação e Desobsessão);
1 霊的救済(治療)分野 : パス と フルイドセラピー; 指導及び解説;心霊治療(浄霊
2 - Área de Educação Espírita: Cursos, Palestras e Seminários diversos;
2 スピリティズム教義の教育分野:学習会、講演、セミナー
3 - Área de Evangelização e Família: Evangelização Infantil e Mocidade Espírita; Estudo do Evangelho (público); Visita aos lares para evangelização (Grupo S.O.L – Serviço Ostensivo da Luz - Orientação: Dr. Romano);
 3 家族と福音伝道分野: 子供、青少年への福音伝道;福音の学習(公開);福音伝道のための家庭訪問(SOL グループ - 指導 ドクター・ホマーノ)
4 - Atividades Doutrinárias: Cursos de Estudo da Doutrina Espírita, Curso de Médiuns, Curso de Passes e palestras nos diversos temas Doutrinários;
4 教義分野: スピリティズム教義の学習  霊媒のコース、パス、教義に関わる様々なテーマによる講演
5 - Assistência Social: Atendimentos com distribuição de alimentos para os desabrigados da cidade de Nagoya-shi, Aichi-ken.
5 社会奉仕活動:愛知県名古屋市の路上生活者への食糧の配布と対応

2 - Falangeiros da Umbanda, (chefiada por Pai Benedito de Aruanda)
2 ウンバンダのメッセンジャー (パイ ベネジット デ アルワンダ指導

Atua em cinco áreas:
5つのエリアで活動

1 - Área de Assistência Espiritual (tratamentos):  Passes e Fluidoterapia, Orientação e Esclarecimentos, Tratamentos Espirituais (Doutrinação e Desobsessão);
1 霊的救済(トリートメント) パス フルイドセラピー オリエンテーション 教化 霊的トリートメント (教化 除霊)
2 - Área de Educação nos Fundamentos Umbandista: Curso de Curimba, Curso de Fundamentos e Preparo para Atuar em Giras de Trabalho, Palestras e Seminários Diversos;
2 ウンバンダの基礎に基づいた教育の分野:クリンバ(楽器)のコース、ウンバンダの活動に参加するための準備と基礎のコース、講演、セミナー
3 - Área de Evangelização e Família: Evangelização Infantil e Mocidade Umbandista; Estudo do Evangelho (nas giras - público); Visita aos Lares para Evangelização (Grupo S.O.L – Serviço Ostensivo da Luz - Orientação: Pai Joaquim de Angola);
3 福音教化と家族:子供のための福音教育とウンバンダ青年グループ;福音の学習(公開活動において); 福音教育のための家庭訪問 (SOLグループ 光のサービス-指導 パイ ジョアキン デ アンゴラ
4 - Atividades Doutrinárias: Curso de Cambonos, Curso de Médiuns e prática Mediúnica em Giras de Trabalho, Curso de Atendimento e Esclarecimentos ao Consulente e Palestras nos Diversos Temas Doutrinários;
4 教義の活動:霊界通信の仲介者のためのコース、霊媒コース、活動における霊媒性の実践のためのコース、コンサルタントのための浄化と対応のためのコース、様々な教義のテーマによる講演
5 - Assistência Social: Atendimentos com distribuição de alimentos para os desabrigados da cidade de Nagoya-shi, Aichi-ken.
5 社会奉仕活動:愛知県名古屋市の路上生活者への食糧の配布と対応

Suas instalações compreendem: Recepção, Salão de Reuniões, Câmaras de Passes, Salas de de Atividades Terapêuticas, Biblioteca, Livraria, Espaço de Convivência, Área Administrativa, Salas de Tratamentos e Refeitório.
施設には次のものがある。受付、会議室、パスの部屋、セラピーの部屋、図書室、書店、交流の間、事務室、治療室、食堂

Mais de 500 pessoas freqüentam mensalmente as diversas atividades do Templo.
月間500人以上がテンプルの様々な活動に参加している

Principais objetivos:
主要目的
1- O ensino, o estudo, a prática e a difusão da Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto - filosófico, científico e religioso - de conformidade com as obras da Codificação de Allan Kardec.
1 スピリティズムの教義の3つの角度(哲学、科学、宗教)における教育、学習、実践をアラン・カルデックの教義とその書籍に従う。
2- O progresso espiritual do homem objetivando a solução dos problemas humanos com fundamento no Evangelho de Jesus Cristo, à luz da Doutrina Espírita e nos exemplos trazidos de amor ao próximo e prática da Caridade Espiritual exercidos por todos guias espirituais.
2 スピリティズムの教義、及び、指導霊達によって実践される霊的な慈善及び隣人愛の実践の模範によって解釈されたイエスの福音を基礎として、人類の抱く諸問題の解決のための人類の霊的進歩。
3- A prática da caridade moral e de assistência espiritual e social, à luz da Doutrina Espírita e na orientação dos guias nas giras da Umbanda, sem distinção de cor, raça, condição social, sexo, nacionalidade, profissão, credo político ou religioso.
3 スピリティズムの教義に基づき、人種、社会的条件、性別、国籍、職業、政治的信条、宗教的信仰を問わず、道徳的慈善を実践する。

NotaNão nos esqueçamos de que Centro Espírita e a Casa Umbandista, não são reduto tão somente de espíritos elevados ou redimidos. É campo abnegado de trabalho incessante, de aprimoramento da consciência e do coração. A Casa Espírita Umbandista é um templo para onde convergem todos os esforços do Mundo Maior com o objetivo de fornecer inspiração e auxílio aos homens de boa vontade para viverem e conquistarem a paz.

注意:スピリティズムの集会所は、高級霊または救済された霊の単なる隠れ家ではない。そこは普段の労働のために捧げられた場所であり、良識と心を洗練させるための場所である。スピリティズムの集会所は、大いなる世界のあらゆる努力が交わる寺院であり、それにより、善意を持った人たちが平和を築くために生きることができるようそれを助け、感得させる。

Nossa localização: 509-5142 Japan, Gifu-ken, Toki-shi, Izumicho, Kujiri 1477-59
住所:5095142 岐阜県土岐市泉町久尻1477-5
Comunicado: Ainda não terminamos todas as reformas necessárias nas novas instalações, por isso, estamos atendendo somente aos sábados. Para maiores esclarecimentos, verifique nossa página no facebook: Templo Espírita Cristão do Japão

Contamos com sua ajuda e compreensão.


domingo, 19 de novembro de 2023

Umbanda - Aumbandhan

(TEC - J) Templo Espírita Cristão do Japão

        Umbanda - Aumbandhan



01) - etimologia da palavra


01-1) - umbanda (primeira origem)

O termo “Umbanda” ou “embanda” são oriundos da língua quimbundo (kimbundo), segunda língua banta mais falada em Angola, significando “magia”, na prática ou “arte de curar”. Acreditamos que a origem dessa palavra, refere-se a um mantra na Língua adâmica (registrado no Midrash) cujo significado seria “conjunto ou sistema das leis Divinas”. Lembramos que as palavras são a roupagem do pensamento do espírito, por isso precisamos dar valor ao seu significado. A língua adâmica seria a linguagem criada por Adão com a qual deu o nome de todas as coisas (incluindo Eva), como em Gênesis - 02:19portanto a linguagem universal (início de todos os alfabetos), como vamos poder observar a seguir.

01-2) - UMBANDA (segunda ORIGEM)

Precisamos considerar o termo Umbanda também no vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada pelos integrantes do trono Tupy. Curiosamente essa mesma palavra como vimos no item anterior, tem um significado que as ligam e se completam. Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia. Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um sistema de Conhecimento compreendido através da Filosofia, Ciência, arte e da Religião.

O termo Umbanda que é considerado a “Palavra Perdida” de Agartha, foi revelado por espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais. Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em orientar nos Templos de Umbanda para trazer a luz do Conhecimento. Em nome de Oxalá, O CRISTO JESUS. 


Os radicais que compõem a palavra UMBANDA
são respectivamente: AUM–BAN-DAN. Sua tradução pode ser comprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattãnico, revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint Yves d´Alveydre na sua obra: 
(O ARQUEÔMETRO)

A UM significa                * A DIVINDADE SUPREMA *

BAN significa                  * CONJUNTO OU SISTEMA *

DAN significa                  * REGRA OU LEI *

A UNIÃO destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa * O CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS *

01-3) - AUMBANDHAN – UMBANDHÃ (terceira origem - raiz)

Para compreender o significado de uma palavra, temos que entender o que ela representa e qual é a mensagem que ela simboliza, qual é o seu real valor.

E para descobrir esse valor, vamos primeiramente associar as palavras AUMBANDHAN, UMBANDHÃ e UMBANDA com a palavra KIMBANDA (QUIMBANDA KYNBANDA), de origem KIMBUNDO (QUIMBUNDO), pertencente ao tronco linguístico BANTU, que na África significa  
“sacerdote do culto de origem banta que pratica a cura e a proteção espiritual”.


AkwaKimbundu são os povos que atualmente habitam as regiões de Luanda, Bengo, Cuanza Norte, Cuanza Sul e Malanje.

Em kimbundu, Akwa quer dizer “os”, “os de”, “os pertencentes a”, e que, junto à palavra kimbundu, quer dizer “os falantes do Kimbundu”, “os do Kimbundu” ou ainda “os pertencentes ao Kimbundu”.

O curandeirismo surgiu nas cidades da antiguidade. Com o avanço da história, muitas de suas práticas começaram a se combinar com elementos e ações da medicina ocidental ou científica, gerando um sincretismo. Contudo, na visão de mundo africana, existe uma distinção entre “feitiçaria” e práticas de cura. O entendimento do segundo termo estaria associado à ideia de que existem “forças ocultas” que podem causar doenças, morte, desequilíbrio social e ecológico. Tal força pode ser manipulada por pessoas que podem ser identificadas por nyangasespecialistas no assunto, por isso o conhecimento das ervas e evocação dos espíritos seria necessário para favorecer a cura e a proteção contra essas forças agressoras. Os termos “curandeirismo” e “feitiçaria” são heranças da colonização. Trata-se de palavras estrangeiras que, em Moçambique, assim como em outros países da África, acabaram sendo incorporadas ao falar cotidiano local de seus povos, de forma que feitiçaria ficou atribuído as pessoas que praticavam o O vodum (AFI: [vodṹ]) da África Ocidental, também chamado vudu ou vodu é uma religião tradicional da costa da África Ocidental, da Nigéria a Gana. Digamos que houve uma adoção dos termos, com reinvenção de seus significados, porém ainda existem grandes equívocos entre um e o outro. A experiência das práticas de cura possuía nomes e matizes próprios a depender do local, podendo ser chamada de uloy, ningori, mungoi ou nengue wa suna. De forma que os Kimbandeiros africanos praticavam puramente a cura e não a feitiçaria. Essa prática e a palavra "kimbanda - termo corresponde ao nganga, da língua Quicongo" são uma herança de seus antepassados. O termo se distingue de outro como o quimbundo muloji e o quicongo ndoki, que designam o "feiticeiro", agente de práticas que objetivam malefícios. 

Os rios Bengo, kwanza, Ndanji, lagoa da Ibendua e outros cursos de água, fazem parte do grande misticismo do Bengo, pela crença popular na kianda (singular de yanda) a divindade feminina da mitologia Banto, que vive nas aguas do planeta. Rituais da Sagrada Tradição angolana, são realizados, desde os tempos mais remotos, nos rios e lagoa aqui mencionados. Artes curativas tradicionais são mais uma evidência do misticismo do Bengo. Umbanda é uma das artes de curar desenvolvida e praticada pelos povos banto, e continuada pelos seus descendentes, os angolanos. A Umbanda é praticada em toda Angola e na diáspora banto, como parte dos sistemas religiosos dos povos banto e angolano.

O grão-sacerdote chama-se quimbanda (ki-mbanda), ao mesmo tempo médico, e consultor espiritual. Em Angola, fazem os negros a distinção entre o “Kimbanda Kia Dihamba”, o verdadeiro chamador ou invocados dos espíritos e o “Kimbanda Kia Kusaka” ou curandeiro que cura as doenças. Costumam, ainda, em algumas regiões de Angola, fazer a distinção entre o “Nganga” ou “Ganga” (derivado do “nganga”, senhor) que seria o médico principal, o verdadeiro sacerdote e o Quimbanda o curandeiro. No Brasil o mesmo Embanda (Imbanda) cumpre as duas funções. Em Angola a palavra Imbanda (Embanda) é o plural de Kimbanda. Já ‘Mbanda (Umbanda) é a arte de curar desenvolvida e praticada pelos Imbanda” banto, de Angola, passada por tradição oral de geração em geração com bastante zelo. Esta arte ainda é praticada em toda Angola como parte do sistema religioso tradicional. Muitas gerações angolanas foram salvas de pestes, epidemias, doenças incuráveis, doenças espirituais e emocionais, por meio desta arte milenar de curar. Desde tempos mais remotos Angola foi sempre terra de muitas artes curativas, praticadas pelos Imbanda, também conhecidos como Otyimbanda (curandeiros).

NOTA: Muitos autores, dentro de um grande equívoco, citam, por exemplo, a chamada “kimbanda malei”, sendo esta oriunda da “má lei” para alguns ou do termo malê (do yorùbá Ìmàlè), que designa o seguidor da religião islâmica, dizendo que a Kimbanda seria a reunião das práticas dos feiticeiros muçulmanos. COMO VIMOS E EXPLICAMOS, ISSO NÃO É VERDADE!

Também vamos tentar associá-la as interpretações até o momento, de vários autores espiritualistas, no esforço de tentar esclarecer seu significado em sua raiz, e buscar sua compreensão por meio do exemplo de vida de vários missionários da nossa história que se dedicaram com amor em favor do próximo. 

Nosso foco principal será Pai Benedito de Aruanda (Sanat Kumara) mas, abordaremos também a vida missionária de outros grandes vultos da seara de trabalho do Cristo Jesus.

São eles: Zoroastro - Pérsia (Caboclo das Sete Encruzilhadas); Hermes - Egito (Exú Capa Preta); Confúcio - China (Shinryo-San); Paulo de Tarso (Pai João de Aruanda), entre outros tantos abnegados trabalhadores em Cristo Jesus.

Segundo nos orienta Pai Benedito de Aruanda, a raiz da palavra Aumbandhan está preservada no Sânscrito védico, antiga língua indiana que contém inúmeras informações de civilizações que habitaram o planeta cerca de 2.000 anos a.C.

Porém, essas informações que eram transmitidas de forma oral, mais tarde passaram a ser transcritas através do alfabeto védico.

O prefixo (AUM) - É um símbolo espiritual que resume o sentido da vida
A DIVINDADE SUPREMA:


1 - DEUS - Suas Leis ou as Verdades Divinas (o princípio);
2 - Os Espíritos de todo o ser vivente criado (a criação);
3 - O momento em que, por meio do aperfeiçoamento, do burilamento moral e intelectual, a criatura retorna ao Criador em Conhecimento e Verdade, se tornando singularmente UNO.

Para melhor compreendermos o significado de (AUM), vamos utilizar o seguinte exemplo:

Deus é o arco; a flecha é o espírito; e o momento em que a flecha atinge o alvo é a nossa união com Deus.

Portanto, a essência de nossas vidas ou o sentido de nossas vidas é nossa união com Deus.

"Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus.
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.
Carta de Paulo aos Filipenses 3:12-14"

Os sufixos (BAN - DHAN) - Representam o ritual mais sublime no qual a criatura louva a Deus em cânticos de alegria e amor, uns pelos outros, e a perfeita união com Deus. Dentro de um sistema de vida planetária, regido por Leis de Amor e Justiça, o homem reencontrará ou há de despertar para a sua ligação com tudo, e todos os reinos da vida, com seu próximo, e seu semelhante, e consequentemente com Deus.

É assim que em reuniões sagradas os Mestres dos tempos que o homem esqueceu ensinavam a humanidade por meio dessa sublime prática de louvor.

"Louvem com alegria o Senhor, todos os habitantes da Terra.
Que o vosso júbilo se manifeste bem alto, expandindo-se plenamente, e com cânticos de louvor." Salmos 98,4

O desejo do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas, fundador da UMBANDA no Brasil, era nomear a nova religião de AUMBANDHAN, relembrando as mais antigas e sagradas manifestações de fé, amor e verdade.

A etimologia ou seja, o sentido da palavra AUMBANDHAN, não mudou, apesar de pronunciarmos hoje com o nome de UMBANDA a nova religião.

Seu valor está exemplificado nas virtudes da humildade de um Preto Velho, na simplicidade de um Caboclo ou na alegria e pureza de uma Criança (Erê) no solo santo de um Templo verdadeiro de UMBANDA.

A UMBANDA será a última religião do planeta.

Ela sincretiza em si as mesmas verdades expressas nas principais vertentes religiosas do planeta em uma única e acessível linguagem para todos, HUMILDADE, SIMPLICIDADE E A PUREZA DE CORAÇÃO, esses são os três pilares fundamentais representados no arquétipo do Preto Velho (humildade), Índio - Caboclo (simplicidade) e a Criança (pureza de coração).

A Umbanda leva a criatura humana ao despertar das percepções mais sutis do espírito, como nos ajuda na prática dos valores morais em potencial no nosso interior, nos integrando ao Deus Pai de todos nós.

Após o Congresso Umbandista de 1941, declarou-se que “umbanda” vinha das palavras do sânscrito Aum e Bhanda (Bhandan), termos que foram traduzidos como “o limite no ilimitado”, “Princípio divino, luz radiante, a fonte da vida eterna, evolução constante.”

No que diz respeito às questões doutrinárias e rituais, desde a realização do Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda (1941), as relações sempre foram tensas entre o grupo que defendia o rompimento da umbanda com as práticas mais africanizadas e aqueles que delas não abriam mão. Ao tentar normatizar o culto, a fim de minimizar as perseguições policiais, a federação acabou classificando como heréticos aqueles que fugissem à ortodoxia por ela fixada. Em resposta, o umbandista Tancredo da Silva Pinto dizia que achava graça quando ouvia os “líderes da Umbanda Branca” dizendo que a religião sofre influência das tradições africanas. Para ele “a Umbanda é africana, é um patrimônio da raça negra”. Tancredo da Silva Pinto, inclusive, rompeu com a FEU e fundou a Congregação Espírita de Umbanda do Brasil (CEUB), na década de 1950.

Contudo, nos dias de hoje, o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas nos fala da necessária UNIÃO DE TODOS, para juntos cumprirmos como missionários, o MEDIUNATO (missão providencial dos médiuns). 

Nos relembra a seguinte lição: ESE - ESPÍRITO DE VERDADE Paris, 1862

III – Os Obreiros do Senhor

5 – Chegastes no tempo em que se cumprirão as profecias referentes à transformação da Humanidade. Felizes serão os que tiverem trabalhado o campo do Senhor com desinteresse, e movidos apenas pela caridade! Suas jornadas de trabalho serão pagas ao cêntuplo do que tenham esperado. Felizes serão os que houverem dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos, e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, na sua vinda, encontre a obra acabada”, porque a esses o Senhor dirá: Vinde a mim, vós que sois os bons servidores, vós que soubestes calar os vossos melindres e as vossas discórdias, para que a obra não sofresse!”.

Mas infelizes os que, por suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, porque a tempestade chegará e eles serão levados no turbilhão! Nessa hora clamarão: “Graça! Graça!” Mas o Senhor lhes dirá: “Por que pedis graça, se não tivestes piedade de vossos irmãos, se vos recusastes a lhes estender as mãos, e se esmagastes o fraco em vez de o socorrer? Por que pedis graça, se procurastes a recompensa nos prazeres da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebeste a vossa recompensa, de acordo com a vossa vontade. Nada mais tendes a pedir. As recompensas celestes são para aqueles que não houverem pedido recompensas da Terra”.

Deus faz, neste momento, a enumeração dos seus servidores fiéis. E já marcou pelo seu dedo os que só têm a aparência do devotamento, para que não usurpem o salário dos servidores corajosos. Porque é a esses, que não recuaram diante de sua tarefa, que vai confiar os postos mais difíceis, na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. E estas palavras se cumprirão: “Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros no Reino dos Céus!”

02) - Origem da umbanda

A manifestação de espíritos de negros e de índios ocorria espontaneamente nos rituais da macumba desde meados do século XIX. Longe de ser um culto organizado, a macumba era um agregado de elementos da cabula banto, do culto aos orixás jeje-nagô, das Pajelanças de tradições indígenas e do sincretismo com o catolicismo popular, e sem o suporte de uma doutrina e liturgia para lhe dar forma. É que desse conjunto heterogêneo, acrescida de informações da Doutrina Espírita, que nascerá uma nova religião: a UMBANDA.

Mas qual a origem da umbanda?

O umbandista Matta e Silva, nas primeiras páginas do livro "Umbanda de Todos Nós" (1996:33-34), apresenta um revisão bibliográfica de algumas obras de Nina Rodrigues, João do Rio e Manuel Querino nas quais não encontra qualquer registro ao termo umbanda. A mesma ausência será observada nas obras de Donald Pierson, "Brancos e Negros na Bahia" (1945); Roger Bastide, "Imagens do Nordeste Místico" (1945); e Gilberto Freire, "Estudos Afro-brasileiros" (1934). Somente em Artur Ramos, no livro "O Negro Brasileiro" (1934), que Matta e Silva encontrará o primeiro registro aos termos umbanda e embanda designado chefe do terreiro ou, simplesmente, sacerdote, mas nunca como modalidade religiosa. As referências de Artur Ramos para o significado da palavra umbanda remetem ao folclorista estadunidense Heli Chatelain, "Folk Tales of Angola" (1894), no qual o termo deriva do quimbundo mbanda, significando arte de curar por meio de medicina natural ou da medicina espiritual (Cf. CHATELAIN. Folk Tales of Angola. Apud. MATTA E SILVA. Op. Cit; p. 65). Ao recorrer à obra de Edison Carneiro, "Religiões Negras" (1936), o umbandista encontrou a mesma informação contida em Artur Ramos e o registro de um cântico: "Ké ké min ké umbanda/ Todo mundo min ké/umbanda" (1987:36), o qual Edison Carneiro afirma ter obtido em visita a um "candomblé de caboclo". Entretanto, Matta e Silva (1996:36) estranha que o autor, no livro "Candomblés da Bahia", tanto na edição de 1948 quanto na edição revisada e ampliada publicada em 1954, não faça qualquer referencia aos termos encontrados na década de 1930 (1987:36). Em publicação posterior, "Umbanda e o Poder da mediunidade", Matta e Silva (1987:13) afirma que o termo umbanda, como bandeira religiosa, não aparece antes de 1904. Entretanto, o umbandista comenta que, em 1935, conhecera um médium com 61 anos, de nome de Nicanor, que praticava a umbanda desde os 16 anos – ou seja, desde 1890 –, incorporando o Caboclo Cobra Coral.

O autor umbandista, Diamantino Trindade, reproduziu no livro "Umbanda e Sua História" parte de uma entrevista do jornalista Leal de Souza – publicada no Jornal de Umbanda, em Outubro de 1952 – na qual afirmava que o “precursor da Linha Branca fora o Caboclo Curuguçu, que trabalhou até o advento do caboclo das Sete Encruzilhadas” (TRINDADE, 1991:56). 

O termo umbanda será elevado à categoria de religião quando o caboclo das Sete Encruzilhadas, manifestado no médium Zélio de Moraes, no dia 15 de novembro de 1908, anuncia numa sessão kardecista o início de uma nova prática religiosa.

03) - 15 DE NOVEMBRO – ANIVERSÁRIO DA UMBANDA - 115 anos de anunciação


Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo Rio de Janeiro. Aos dezessete anos quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído por algum espírito malígno.

Procuraram então também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado. Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: Amanhã estarei curado. No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.

Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não frequentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando à Federação e convidados por José de Souza, dirigentes daquela Instituição sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde se realizava o trabalho. Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de Caboclos e Pretos Velhos.

Advertidos pelo dirigente do trabalho a entidade incorporada no rapaz perguntou:

“-Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor”?

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:
-Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão”?
Ele responde:
Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que pretos e índios poderão dar sua mensagem e, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: “CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS”, porque não há caminhos fechados para mim.
O vidente ainda pergunta:
- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?

Novamente ele responde:
- Colocarei uma condessa em cada colina desta cidade que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei”.

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na Rua Floriano Peixoto, 30 – Neves – São Gonçalo – RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente as 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:
– Aqui se inicia um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram e não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, sexo, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo.

O verdadeiro umbandista vive para a umbanda, e não da umbanda. Vim para criar uma nova religião, fundamentada no Evangelho de Jesus, e que terá Cristo como seu maior mentor. Caboclo das Sete Encruzilhadas, 16/11/1908.

Em outubro de 1941, reúne-se o 1º Congresso de Espiritismo de Umbanda, presidido por Zélio Fernandino (neste congresso recebemos a mensagem das Sete Lágrimas de um Preto-Velho trazida por Pai Antônio). Outros congressos aconteceram, posteriormente, e retiraram acertadamente o nome espiritismo que, de fato, pertence aos espíritas brasileiros, os quais seguem a respeitável doutrina codificada por Alan Kardec. Em suma, o espírita pratica o espiritismo; na Umbanda pratica-se o Umbandismo.

04) - CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS

Pintura Jornal da Umbanda
 O Chefe, assim carinhosamente chamado nosso Caboclo das Sete Encruzilhadas, que fora em vida anterior, o Frei Jesuíta Gabriel Malagrida

O Padre Gabriel Malagrida S.J. (1689-1761) foi um sacerdote jesuíta. 

De origem italiana, viveu no Brasil durante muitos anos.

Como missionário, atuou junto aos índios. Andou por lugares distantes da Amazônia, em condições precárias, pregando a palavra de Deus em tribos remotas.

Realizou missões memoráveis junto às populações brasileiras do sertão do nordeste.

Era tido como grande pregador, usualmente clamando, com sucesso, pelo arrependimento e pela conversão. Seus feitos ficaram vivos na memória popular. 

Sua trajetória, no Brasil, está repleta de relatos de experiências místicas e milagres.

Era, também por isso, figura respeitada na corte portuguesa.

Acompanhou o Rei D. João V (1689- 1750), em seu leito de morte.

Sua presença na família real era sempre bem-vinda.

Mas Malagrida viveu numa época muito conturbada.

No seu tempo, alguns defendiam que os valores, ou Deus, não deveriam nortear os pensamentos e as ações humanas.

Avançava-se na tese da secularização do Estado e da sociedade. Inclinavam-se muitos pela ideia, Iluminista, de que a razão humana, os objetivos materiais, os Direitos, eram mais importantes que os valores, o Espírito, a imprecisão conceitual da subjetividade.

Do ponto de vista político, crescia a tendência em pensar que a religião deveria ser afastada da política, do espaço público. Que os poderes de Estado não deveriam se preocupar com o destino espiritual das pessoas.

As implicações disso eram muitas. Mas cabe dizer, no momento, que, para Malagrida, isso representava a luta contra a ordem religiosa à qual pertencia, a dos jesuítas, a Companhia de Jesus.

A expulsão da Companhia de Jesus do Brasil foi uma das grandes tragédias morais da nossa história e, em grande medida, ainda padecemos dos seus efeitos.

Malagrida viveu esses momentos com grande intensidade interior e imenso sentimento religioso. Via ali sinais de um mundo, o nosso, que ia aos poucos se delineando no horizonte. Os problemas desse mundo lhe causava grande preocupação, pelo terror hedonista, materialista e cultos satânicos, onde a degradação moral parecia ser sua característica básica.

As ações do Marquês do Pombal (1699-1782) foram norteadas no sentido de eliminar a influência religiosa jesuítica na sociedade portuguesa e nas universidades. 

Foi o primeiro grande combate trágico, nesse campo, que teve lugar na Europa.

Foi brutal e violento e (como será comum acontecer depois nas sociedades iluministas), em nome do humano, Pombal atacou sistematicamente o humano.

Malagrida estava em Portugal no meio dessa crise. Lá presenciou o grande terremoto de 1755.

O evento ocorreu no dia de Todos os Santos, 1 de novembro. E destruiu quase que totalmente a cidade de Lisboa.

Muitos, como o Marquês de Pombal e seus associados, se recusaram a admitir que existia qualquer relação entre o avanço das políticas antirreligiosas e o terremoto. Pombal sustentou que o acontecimento tinha “causas naturais” e era devido ao acaso.

Malagrida, no entanto, de forma muito circunspecta, escreveu um texto reflexivo, chamado Juízo da verdadeira causa do Terremoto que padeceu a corte de Lisboa no primeiro de novembro de 1755.

Neste afirmou que “não sei como se possa atrever um sujeito católico a atribuir unicamente a causas e contingências naturais a presente calamidade deste tão trágico terremoto? Não sabem estes católicos que este mundo não é uma casa sem dono? Não sabem que há providência em Deus?”

Ou seja, defendeu Malagrida que o universo não estava entregue ao acaso.

Tudo que ocorria estava interligado a um plano, a uma ordem. E as causas das coisas não se limitavam às causas visíveis.

Essa crítica à limitação do mundo secular e à sua ciência partia, em grande parte, da sua convicção de que muitas forças atuam sobre a realidade.

Os homens conhecem apenas algumas. 

Mas não é sensato achar que essas algumas expliquem tudo.

O atentado contra o Rei D. José I (1714-1777) serviu de pretexto para sua prisão, em janeiro de 1759, e seu julgamento, por um Tribunal do Santo Ofício controlado politicamente por Pombal.

Na prisão, Malagrida teve visões. Um empregado, certo dia, “viu-o de pé em meio à cela, o rosto voltado para a janela, perguntando: ‘Quem me chama? Quem fala comigo?’ ”

Por conta desses transes, Malagrida escreveu, entre outros textos, o Vida e Império do Anticristo. 

Em seu livro, Malagrida narra sua visão de acontecimentos que teriam lugar em princípios do século XXI. O Anticristo, segundo entendeu, nasceria em 1999. 

Para o jesuíta, a narrativa sobre o Anticristo do futuro era uma forma de expor como entendia a situação da sociedade dali a duzentos anos.

Pois não tinha dúvidas de que o que estava iniciando em sua época era uma tendência que se generalizaria e tomaria o mundo todo.

Primeiro, ele afirma que o Anticristo não teria uma religião definida: “Nunca experimentará algo bom e divino”. O Iluminismo retirará dos homens o sentimento de bondade e a proximidade de Deus.

Moverá “guerra sacrílega contra a religião”, “os cristãos, em lugar de resistir com força e sofrer a morte … fugirão espantados de medo…”.

E numa visão de uma sociedade moralmente degrada, afirmou que o Anticristo, isto é, o espírito laicizante, “transformará templos em estábulos de cavalos e outros arrasará ao solo”. 

“Substituirá” Deus e santos “com novos altares e retratos aquelas antigas divindades falsas dos pagãos”. Num lugar sagrado “será colocada uma Venus desnuda e a mais impudica, cercada por muitos lascivos concupiscentes e um coro de provocadores de toda lascívia”. A desagregação moral, assim,  conduzirá a sociedade ao colapso.

E, principalmente, “misturará sempre direitos e costumes… afirmando que todas as leis estavam certas e eram úteis para a salvação”.

No pluralismo e na liberdade religiosa, que lhe parecia certo advir, embora não houvesse nem sinal disso no século XVIII, entendia Malagrida que estava o cerne do poder do Anticristo: onde há muitas verdades, não há nenhuma.

O Anticristo, portanto, para Malagrida, é a representação do mundo em construção no seu tempo. Uma sociedade sem valores, sem Deus, sem Verdade.

Malagrida não pode terminar seu texto. Os manuscritos lhe foram tomados, na primeira semana de 1760. Em 17 de janeiro de 1761 foi levado para o cárcere da Inquisição, sob a acusação de heresia. Em 21 de setembro de 1761 foi garroteado e seu corpo queimado, no Largo do Rocio, em Lisboa. 

A sua visão, de um mundo amorfo, desprovido de sentidos, sem valores, e voltado apenas para o hedonismo e para a transitoriedade.

Não teria começado naqueles dias. 

Segundo as orientações de Pai Benedito de Aruanda, em um estudo que fizemos, onde fomos guiados a seguir uma linha do tempo para melhor compreendermos o "PLANO DAS TREVAS", seguimos os rastros de MITRA.

A seguir vamos apresentar alguns Slides desse curso, para melhor compreendermos a trajetória do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas e sua Missão desde sua encarnação como ZARATUSTRA.























Por Pai Luis de Oxalá (orientação Pai Benedito de Aruanda)

05) - Diálogo com os guias




Nossa casa comemorou em (2023/11/15), 32 anos de trabalho espírita e 27 anos de Umbanda no Japão. Com muita alegria, convidamos a todos para participar do encontro com nossos mentores espirituais e a mensagem recebida. (clicar na imagem acima para ver o vídeo no YouTube).

- Mensagem do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas

- Mensagem do Sr. Caboclo Três Flechas

- Mensagem da Sra. Vovó Benedita de Aruanda